O espelho de Narciso

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Ir à bruxa

Após nova queda (a quarta, em 9 potenciais elementos), a conclusão* é muito clara: a minha família precisa de ir à bruxa! Porque esta súbita tendência só pode ser enguiço...

* Isto, claro, se eu fosse supersticiosa! Assim, rio-me destas coincidências macabras...

(Des)Espera

Minha e de muitos outros como eu, licenciados sem canudo, esperando a famigerada nota de estágio que, num parto difícil, os professores demoram a dar à luz. Esta espera mata-me, mata-nos, a todos os que querem largar a incerteza desta vida que não é de estudante nem de desempregado. Esperamos um novo arranque da nossa vida que tarda em chegar e desesperamos com a falta de ocupação e de uma situação definida que nos permita arrepiar caminho ao encontro do mundo do trabalho.
QUERO A MINHA NOTA!!! *suspiro* Por favor...

Do futuro

Não gosto de deixar o futuro acontecer, como uma inevitabilidade. Não gosto de esperar que o tempo se esgote. Dá-me uma sensação de impotência perante a vida que não tolero. Em vez disso, prefiro lançar-me ou ser lançada aos leões, arriscar, tomar o futuro nas minhas mãos... Gosto de dirigir a minha vida, mesmo que tal acarrete riscos, tropeções, tombos, desgostos... pelo menos, posso dizer que fiz, que aconteci, sem lamentar a inevitabilidade do tempo e a impotência perante a minha vida.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Com queda para...

... a queda! E outras maleitas afins. É assim que anda a minha família. Esperemos que melhore, antes que acabemos todos de cama.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Receber o Outono

O dia já ia longo e nas sombras do final da tarde misturavam-se nuvens cinzentas, carregadas de promessas de chuva. O vento enovelava-se nos meus cabelos e teimava em afogar o meu rosto num turbilhão castanho. O caminho subia, íngreme e em ondas de calor, e sabia bem o fresco no corpo e na cara, como água a escorrer. O ar estava pesado de humidade e umas gotas tímidas pousavam na pele descoberta. E eu saboreei a sensação amada e já quase esquecida do corpo sequioso a receber esse outono de braços abertos...
Gosto da mudança de estação! Gosto de voltar a sentir as sensações quase esquecidas que contrastam com as sensações já quotidianas. Gosto de sentir no outono a fresca brisa que apaga as marcas de tanto calor estival, assim como gosto do ar primaveril que amorna os ossos enregelados do frio do inverno. É tão revigorante!