O espelho de Narciso

quinta-feira, 31 de março de 2005

Dentro de mim

Nem o meu sorriso mais rasgado pode abarcar tudo o que vai na minha alma...

terça-feira, 29 de março de 2005

Prova

Este dia de posts é a prova que as esperas podem ser muito produtivas!... :P

Fuga da realidade

Aqui estou, confortavelmente sentada, esperando alguém, escrevendo para matar o tempo e o vício... e, no momento seguinte, já não estou cá! Estou a quilómetros de distância da realidade que me rodeia, com os olhos perdidos no vazio, alheada da música, dos risos, das palavras e dos sons da cidade que enchem o ar à minha volta. Estou a quilómetros de distância, perdida dentro de mim mesma, num sonho imaterial que flutua lá no alto, acima das nuvens. Estou de mente vazia, vogando apenas nesse espaço etéreo que me liberta.
E depois algo me chama de novo à realidade... Não sei quanto tempo estive a quilómetros de distância, o que me levou lá ou o que me trouxe. Mas que importa, pelo menos tive o meu momento de fuga da realidade...

Outros olhos...

É tão bom fazer uma pausa no ritmo frenético da vida, refrear a necessidade de estar sempre de mãos e cabeça ocupadas, e olhar em volta. Não olhar como quem não tem nada para fazer, mas observar, apreciar... e reflectir! Olhar pela janela numa viagem de autocarro e ver a nossa cidade com olhos de turista. Deitar na relva e olhar o céu com olhos de artista. Olhar as pessoas e compreender os seus gestos, o seu olhar, as suas vivências. Olhar a vida com olhos de criança. E encher a alma de instantâneos das maravilhas que nos rodeiam e pelas quais tantas vezes passamos indiferentes, ao ritmo frenético da vida.

Esperanto dos sentimentos ou o ensaio do que não se deseja realmente

O mundo é uma Torre de Babel! Falamos e não nos entendemos, somos uma raça separada pela culturalidade. É talvez uma das maiores contradições humanas, que a cultura pretenda juntar e unificar os indivíduos e, no final, os afaste dos demais pela barreira linguística.
O outro lado do Mundo, o outro lado da Europa, o outro lado do Golfo da Biscaia até, podem ser mundos desconhecidos, aterrorizadores, ostracizantes pela barreira da língua, pela mútua incompreensão. Talvez fosse esse medo do desconhecido e da sensação de solidão entre pares de línguas diferentes que tenha impulsionado a humanidade no sentido da Utopia: a criação do Esperanto, a língua universal.
E, agora, sou eu que sonho com utopias! Quem me dera que alguém tivesse a genialidade (e o tal medo do desconhecido) para criar o Esperanto dos sentimentos... Torna-se difícil lidar com as particularidades de cada um, de cada pessoa que entra nas nossas vidas temos de aprender a sua linguagem, em cada etapa de uma pessoa conhecida temos de reaprender os sinais. Quem me dera que esse universo das emoções fosse mais simples, porque estes quebra-cabeças conseguem dar com uma pessoa em doida. Não digo que sejamos máquinas que reagem a estímulos e produzem respostas estandardizadas, afinal são as diferenças de cada um que pintam o mundo de cores garridas. Mas não seria tão mais simples ter uma “segunda língua sentimental”, uma linguagem universal que tornasse tudo mais fácil?
É utópico, sei bem! Impraticável, porque é artificial. E, no fundo, indesejável... Apesar de às vezes apetecer realmente ter um descodificador de sentimentos, um modo fácil de lidar com os outros, a vida e as relações não teriam tanta graça, tanto encanto! E, no fim de contas, para que serve a Vida senão para a encher de pequenos passos ao encontro dos outros?

segunda-feira, 28 de março de 2005

Honesty

Honesty is such a lonely word
Everyone is so untrue.
Honesty is hardly ever heard
And mostly what I need from you.
Billy Joel, Honesty
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Sempre gostei desta música... Talvez por sempre ter simbolizado algo que não via no mundo à minha volta e que queria desesperadamente. Porque vejo no mundo atitudes que dissimulam, enganam, magoam, as pessoas servem-se corriqueiramente de insinuações, meias palavras e meios sorrisos. E fico triste com o clima de desconfiança que construímos com enganos e falsidades.
Sempre fui uma pessoa que, acima de tudo, pede honestidade e sinceridade das pessoas que me rodeiam. Porque, embora muitas vezes a verdade possa doer, magoa menos e provoca menos estragos do que qualquer mentira. E eu já saí tantas vezes magoada por mentiras e dissimulações que tudo o que desejo é que me tratem com honestidade. Assim como eu tento ser honesta com os outros...

domingo, 27 de março de 2005

Viagem Maravilha

Estação de Olhão! Ainda há 20 minutos estava eu sossegadamente sentada na sala e agora estou na estação, a sentir o vento na cara e a adrenalina a correr no sangue enquanto espero pelo comboio. Vou para Lisboa! Loucura, talvez, mas uma loucura saudável, por alguém que o merece.
É bom estar ali, parada ao sol, a observar os passageiros carregados de malas, a rapariga sentada no chão a fumar um cigarro, uma senhora que tal como eu deambula pela plataforma. O comboio chega, assobiando, e eu instalo-me num assento de couro encostado à janela que dá para sul. Relanceio o olhar pela estação uma última vez quando o comboio se põe em movimento, essa pequena estação que é a casa de partida da minha pequena aventura. Apetece-me acenar ao controlador que, na plataforma e vestido a rigor, com direito até ao típico chapéu, dá autorização ao maquinista para partir. E aí vou eu, contemplando com um sorriso nos lábios e o coração enorme a linda paisagem da Ria Formosa do meu lugar privilegiado na janela que dá para sul. Lá ao fundo, distingo a silhueta do farol e lembro-me dos Verões passados em casas recheadas de tios e primos, de estadias inesperadas, das correrias de crianças e pescarias. E o comboio percorre o seu caminho, mesmo à beirinha das águas calmas da Ria que reflectem o Sol primaveril.
E chego, finalmente, a Faro! Aquela estação lembra-me tantos bons momentos passados entre amigos, as chegadas, as partidas, os Estoi sempre aconchegados no meu coração... Enquanto me instalo no Intercidades penso nas outras viagens que fizemos de comboio. Tenho saudades desse tempo em que os carros ainda ficavam sossegados em casa e as viagens eram cheias de risos, música, cancioneiros dos escuteiros, improvisações e simpáticos companheiros de carruagem e deixavam muitas histórias para recordar.
A viagem através do Algarve faz-se calmamente, com muita gente animada a ocupar os lugares da carruagem, com ar de quem esteve de férias, outros com o ar mais cansado de quem faz a viagem por obrigação... Da minha janela vejo montes, amendoeiras e alfarrobeiras, a terra vermelha tão característica, o sol do fim de tarde que espreita por entre nuvens fofas... Em Tunes um homem na plataforma diz adeus e é adeus, realmente, adeus ao Algarve!
Entramos no Alentejo quando o Sol se põe e a luz que finda deixa-me ainda vislumbrar um rebanho que pasta perto de uma casa caiada e, à medida que escurece, as casas e árvores tornam-se simples silhuetas negras em contraste com o céu. No resto da viagem o nosso comboio avança envolvido no breu da noite, cortado apenas pelas estações que nos banham de uma luz pálida.
E, depois de 3 horas de caminho, desço os degraus do comboio e piso uma estação tão conhecida, tão familiar: Pragal. Cheguei! E o melhor ainda está para vir... Mas por enquanto estou feliz, feliz por uma viagem deliciosa, encantadora. Feliz porque andar de comboio é um dos meus prazeres favoritos. Encantada por essa terra maravilhosa que é o nosso país, o nosso quinhão de beleza. E, mais que tudo, feliz pela expectativa de fazer alguém feliz! E isso é, acima de tudo, o que me faz olhar em volta e amar cada momento, cada paisagem, cada recordação. É isso que me move... E, no final desta viagem, sei que vou recordar com nitidez o sorriso de uma amiga e o meu próprio sorriso, desenhado pela expectativa desse sorriso. Dois sorrisos que foram a minha companhia nesta Viagem Maravilha!

sábado, 26 de março de 2005

Insónia

O tempo passa. As voltas na cama já atingiram um número incalculável enquanto se ouve o tiquetaque do relógio no corredor. A minha cabeça está um nó, enrodilhada em pensamentos, recordações, projectos, desejos e numa consciência absurda de que os olhos teimam em continuar abertos.
Entretanto, lá fora clareia suavemente e um pássaro começa a chilrear. Depois dos ruídos nocturnos da respiração pesada dos meus companheiros de quarto, de um ou outro veículo perdido na noite e da chuva a cair mansamente no telhado, chegam os sinais inconfundíveis de mais um dia a começar. E eu continuo de olhos bem abertos, consciente do tempo a passar e do sono que tarda em chegar.
Tenho frio. Tenho calor. Todo o meu corpo dói e incapacita-me de arranjar uma posição mais confortável. Já nem sei o que tem a almofada, se é demasiado grande ou pequena, fofa demais ou achatada demais. Mas não está bem. Também ela já perdeu a conta às voltas que lhe dei. Ajeito mais uma vez o lençol e a manta, aconchegando-me virada para a parede para me resguardar da luz que se esgueira pelas frinchas dos estores. Mas o sono não vem, teima em deixar-me perdida na respiração pesada dos meus companheiros de quarto e nos meus pensamentos insones.
Já ouço passos pela casa e os periquitos a saudarem o bom dia de quem já acordou e prepara o pequeno-almoço na cozinha quando começo a sentir o sono chegar. Devagarinho, pé ante pé. E eu fico muito quietinha para não o espantar e tento não pensar no mísero par de horas que vou dormir. Deixo-me embalar finalmente pelo doce alívio que me percorre, depois do desespero das horas a passarem. Lá fora a noite findou mas, para mim, começa agora...

segunda-feira, 21 de março de 2005

Inverno... Primavera!

O hoje é muitas coisas ao mesmo tempo: equinócio da Primavera, o primeiro dia de Primavera, o “primeiro ponto de Áries”, entramos em Carneiro nos mapas astrais, o Dia Mundial da Árvore...
Este dia faz-me lembrar um outro 21 de Março, há muitos anos atrás... Numa festa do Dia Mundial da Árvore, fui uma entre muitas crianças que plantaram uma árvore e cantaram músicas primaveris. Houve uma que nunca esqueci:
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Sopra o vento, cai a chuva
Molha tudo no meu jardim
Já não posso brincar lá fora
Fico triste com o tempo assim.

Foi-se o vento, foi-se a chuva
Tudo brilha no meu jardim
Verdes folhas, lindas flores
Que alegria para mim!
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Lembro-me de a cantar nesse dia radioso de Sol, depois de muitos ensaios na sala de música à volta de um aquecedor e com os chapéus de chuva a pingarem num canto. E lembro-me de a cantar em inúmeras ocasiões, com a testa encostada à janela fria da casa dos meus avós, vendo a chuva a cair e a ensopar o quintal onde eu adorava brincar. Ainda hoje, em dias de chuva, me apetece cantar esta música, como se pudesse enxugá-la só com a simples menção de dias de Sol, de Primavera.
E este ano... Este ano parece estar do avesso! O Inverno passou radioso, solarengo, quente até. E é agora, com a Primavera a espreitar, que a chuva vem e nos remete à luz artificial, às tardes em casa e aos vidros frios em contacto com a testa, enquanto olhamos os pingos de chuva a caírem no chão. Mas talvez assim a Primavera consiga pelo menos devolver-nos um pouco de verde que esse Sol invernal nos tem roubado!

Equinócio da Primavera

21 de Março. Hoje é equinócio da Primavera, com as 24h do dia finalmente divididas irmamente entre o dia e a noite. A partir de hoje, aqui no hemisfério norte os dias vão crescer e roubar tempo à noite, tornando os dias mais quentes e luminosos.
“Fenómeno intrigante”, pensei eu deitada na cama a reflectir sobre o significado do equinócio, dos dias e das noites, das estações. E, apesar de saber há muito tempo a resposta a este mistério a que os nossos antepassados chamaram estações do ano, fico a dissecar as ideias que me surgem sobre o tema.
Penso nos nossos ancestrais que certamente ficavam intrigadíssimos com essas (in)variantes da passagem do tempo. A sua ignorância acerca da forma esférica da Terra, rotação e translação fizeram-nos criar histórias que explicassem essa sucessão de Primavera, Verão, Outono e Inverno. Quem não se lembra da encantadora Prosérpina, filha de Deméter, deusa grega das colheitas, raptada e tornada esposa de Hades, o deus dos Infernos? O desgosto de Deméter prostrou-a e impediu-a de continuar a sua obra de fazer florir e crescer a natureza e apenas o acordo de ter a filha 6 meses conseguiu salvar o mundo de um Inverno perene. Era assim que os nossos ancestrais explicavam as estações, pautando-as pelas idas e vindas de Prosérpina do reino do Hades.
Agora, a mitologia, as lendas e os heróis foram substituídos pela ciência. Durante séculos, pensadores, matemáticos, navegadores, físicos, astronautas e tantos outros homens observaram, mediram, experimentaram e, pouco a pouco, foram alcançando a verdadeira explicação para esse fenómeno intrigante. E agora, nos bancos da escola, os rapazes e as raparigas aprendem tudo o que há para aprender acerca de planos equatoriais e da elíptica, eixo de rotação e sua inclinação. E, um dia, crescemos e damos por nós num dia 21 de Março a reflectir sobre isto...

sexta-feira, 18 de março de 2005

Não é complicado

Porque há coisas que não é preciso explicar no amor. Elas simplesmente são assim... Simples. Belas. Perfeitas.

– Por que é que passas o dia comigo?
Sorrio.
– Estou aqui porque é aqui que tenho de estar. Não é complicado. Tanto tu como eu gostamos de estar aqui. Não ponhas de parte o meu tempo passado contigo, não é perdido. É o que eu quero fazer. Sento-me aqui e falamos e fico a pensar sozinho. O que poderia ser melhor do que o que estou a fazer agora?
Nicholas Sparks, O Diário da Nossa Paixão

segunda-feira, 14 de março de 2005

FELIZ

Às vezes nem me apercebo o quanto sou feliz agora!...

domingo, 13 de março de 2005

Make every day worth of...

Cada dia é um mundo de possibilidades! E podemos tomar uma de duas atitudes: ou nos deixamos transportar através dele, passando pela vida sem olhar para o lado, ou saboreamos até ao último minuto todos os paladares que o compõem. Está na nossa mão tornar cada dia carregado de significado, para que possamos deitar a cabeça no travesseiro à noite e exalar um suspiro de plenitude. Depende somente de nós encher o nosso dia-a-dia de optimismo e confiança, de sorrisos e surpresas, de amor e felicidade e, acima de tudo, auto-realização.
Dói-me no corpo a vontade de esmifrar cada momento do meu dia, de realizar todos os sonhos, anseios, desejos que pulsam dentro de mim, de vencer todos os desafios e alcançar todos os objectivos, de encontrar o meu significado em cada relance de vida. Dói-me no corpo a possibilidade de me dar todos os dias uma prova do que é viver, do que é realmente viver, de descobrir o que me impulsiona todos os dias a ser, a realizar, a alcançar, renegando um futuro que me negue o prazer de saborear o presente. Tento nunca esquecer de tornar cada dia único e memorável, um dia que valha a pena viver, lutar, saborear, recordar e guardar no coração como um tesouro precioso. Porque são estes dias que dão sentido à nossa existência, em que provamos a nós mesmos que temos valor, sabemos enfrentar as dificuldades, temos confiança no que queremos ser e lutamos para chegarmos lá, conseguimos tirar prazer dos momentos que a vida nos oferece e somos amados pelos outros e por nós próprios. São dias assim que dão sentido à minha existência, que me deixam orgulhosa de mim própria e apaixonada pela minha vida...

Trajecto

Há coisas que não acontecem por acaso! Um mail que recebi no outro dia não podia estar mais de acordo com o que sinto e que adopto como filosofia de vida. Por isso o transcrevo aqui... Talvez se vejam reflectidos neste quadro, tal como eu vi reflectida a velha Rita de há uns anos atrás.
Pensem nisto!

Convencemo-nos que a vida será melhor depois... depois de acabar os estudos, depois de arranjar trabalho, depois de casarmos, depois de termos um filho, depois de termos outro filho. Então, sentimo-nos frustrados porque os nossos filhos ainda não são suficientemente crescidos e julgamos que seremos mais felizes quando crescerem e deixarem de ser crianças. Depois, desesperamos porque são adolescentes, insuportáveis. Pensamos: 'Seremos mais felizes quando esta fase acabar!' Então, decidimos que a nossa vida estará completa quando o nosso companheiro ou companheira estiver realizado... Quando tivermos um carro melhor... Quando pudermos ir de férias... Quando conseguirmos uma promoção... Quando nos reformarmos...
A verdade é que não há melhor momento para ser feliz do que agora! Se não for agora, então quando será? A vida está cheia de depois... É melhor admiti-lo e decidir ser feliz agora, de todas as formas. Não há um depois, nem um caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho e é AGORA! Deixa de esperar até que acabes os estudos... até que te apaixones... até que encontres trabalho... até que te cases... até que tenhas filhos... até que eles saiam de casa... até que te divorcies... até que percas esses 10kg... até sexta-feira à noite ou Domingo de manhã... até à Primavera, o Verão, o Outono ou o Inverno, ou até que morras... para decidires então que não há melhor momento do que justamente ESTE para seres feliz! A felicidade é um trajecto, não um destino.

sábado, 12 de março de 2005

Diz o povo e com razão!

Diz a sabedoria popular que as casas são sempre pequenas quando se trata de espaço para arrumar e enormes quando se está a limpar. E tem toda a razão! E o pior é que a limpeza nunca termina...

quarta-feira, 9 de março de 2005

Sou um livro...

Sou um livro. Um livro de mim mesma. No meu corpo estão as marcas do meu passado, nos meus gestos está a expressão do meu ser. Cada momento marcante está inscrito na minha pele e vincado nas minhas rugas de expressão. Sou um livro aberto para quem quiser ler.
Cada um de nós é um livro! Todos trazemos no corpo a nossa história, livre de correntes e subterfúgios. Para além das palavras e das máscaras sociais, o nosso corpo é um hino à vida, a nossa vida. E ela está lá, nos gestos, nas posturas, nos olhares, para se dar a conhecer ao mundo.
Porque deixámos nós essa forma de comunicação tão preciosa de lado? Rendemo-nos às palavras traiçoeiras, orgulhosos no nosso estatuto superior de espécie com capacidade de se exprimir por símbolos linguísticos, sem nos apercebermos que daí surge toda a falsidade e engano que o ser humano pode ter. Porque as palavras são plásticas, maleáveis, mentirosas. Mas os gestos não! Podemos aprender a modular o tom de voz, os gestos, as expressões mas no final somos sempre vencidos pela expressão pura e inata do gesto. No final, somos todos livros abertos esperando que as máscaras caiam e permitam que os olhos dos outros compreendam as runas inscritas em nós. No final, somos só nós, contando a nossa história ao mundo...

domingo, 6 de março de 2005

Sorriso

O sorriso, essa curva simples que tudo pode endireitar.
Xis, 26 Fevereiro 2005
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Sorrir. Tão espontâneo e tão vital. A mais pura expressão da felicidade e da alegria. Um gesto que parece derramar uma luz cálida sobre o mundo e sobre a alma, deixando no ar uma doce sensação de paz.
Procuro um sorriso em cada recanto do mundo, em cada dobra do tempo, em cada rosto amigo. E sorrio, sorrio muito, porque sei que é com sorrisos que se preenchem os melhores momentos da vida, se curam as maiores dores e se aconchegam os outros num abraço amigo. E faz tão bem um sorriso!...

quarta-feira, 2 de março de 2005

Mas...

Mas precisamos de acreditar que podemos correr atrás deles sem tropeçar nas pedras do caminho!...

Tudo o que temos de fazer...

Tudo o que temos de fazer é correr atrás dos nossos sonhos.