O espelho de Narciso

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

Dia de Natal

Foi tão bom deixar que o Natal nos aproximasse da família enorme que temos e dar-nos de presente um punhado de memórias para recordar esses tempos de criança... O dia, ou melhor, a tarde de Natal foi dar connosco a saltitar nas pedras do relvado que conduzem ao casarão do meu primo e onde se reuniu boa parte da família. E essa tarde tão bem passada, entre filmes, conversas e jogos, fez-me lembrar de outros Natais – e dias de aniversário e férias do Verão... – passados no então pequeno apartamento do meu primo. A tarde de Natal fez-me de novo criança e voltei a saborear com o mesmo gosto essa felicidade pura de partilha e convivência. Com uma pequena diferença: se naquele tempo era eu uma das crianças que corria pela casa a jogar às escondidas com os outros primos pequenos, agora sou a prima crescida que conversa e joga com os primos crescidos, os primos adultos e os primos que são agora as crianças que correm pela casa. E foi tão bom!... Provavelmente, a melhor prenda de Natal este ano!

sábado, 24 de dezembro de 2005

Véspera de Natal

Talvez nunca fuja da minha memória esta véspera de Natal de 2005... Não pelos habituais embrulhos tamanho XXL (alguém já tentou embrulhar um kit cinema em casa?!?) ou pela mesa recheada de coisas saborosas, de risos e de amor mas por dois episódios tão diferentes: o momento ternurento do abraço da rena ao Pai Natal ou, traduzindo, da filha mais nova dos donos do café vestida de rena ao seu irmão vestido de Pai Natal, e a tarefa impossível e hilariante de tentar atravessar a estrada depois de uma incrível chuvada de 15 minutos que fez desaparecer estradas e passeios... O país deve ter pedido chuva pelo Natal e o São Pedro aproveitou a deixa e poupou serviço a São Nicolau. E eu precisava de ter pedido um barco para desafiar tamanha dádiva!
Enfim, não há nada como sentir a magia do espírito natalício e umas boas gargalhadas para darmos valor ao que realmente temos de importante: amor e vida! Feliz Natal!!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Deliciosa!

Não resisti... Esta capa está simplesmente deliciosa!
Com um fantástico sentido de oportunidade, o fotógrafo captou e o criativo interpretou. O resultado é uma primeira página que capta o olhar e nos faz sorrir, rir, desviar o olhar e... voltar a olhar! Só pelo prazer de saborear mais uma vez (que se torna facilmente a milionésima vez) esta delícia...

A todos...

... um bom Natal!!!

Aqui estou eu de novo, de malas aviadas – este ano um pouco mais tarde do que o costume (vicissitudes do estágio) – pronta para zarpar para mais um Natal em família.
Mas, antes de partir, deixo-vos aqui os maiores desejos de um Natal muito feliz! Não vos desejo um Natal cheio de música natalícia porque aposto que já estão tão enjoados delas quanto eu, nem um sapatinho cheio de presentes porque a crise está na soleira da porta pronta a saltar-nos em cima... Desejo-vos acima de tudo um Natal caloroso, recheado de sorrisos e com um sapatinho a abarrotar de amor!
Um beijo gigante para todos e Feliz Natal!

domingo, 18 de dezembro de 2005

Quando o trabalho é um enoooorme prazer!

Esqueci-me das horas matutinas a que me levantei, do mundo cheio de rostos desconhecidos em que entrei, da tarefa que tinha em mãos... Esqueci-me de tudo o mais e deliciei-me como uma criança, desejando ter mais olhos e mais ouvidos para absorver tudo o que me rodeava.
Foi um dia inesquecível! Uma experiência que sei só me ser dada uma vez na vida... Um acolhimento caloroso e recheado de atenção e disponibilidade... Um desvendar de segredos delicioso, que hei-de recordar sempre com o brilho nos olhos e o sorriso nos lábios que me tem acompanhado todo o dia... Nunca pensei que fosse tão inesquecível, fazer um trabalho para a faculdade acerca de um trabalho tão visível e ao mesmo tempo tão oculto, tão misterioso e que aguça tanto a curiosidade!
Afinal, quem nunca se interrogou como é o trabalho de um maquinista de metropolitano? E ter a oportunidade de falar com um maquinista e com outras pessoas ligadas ao seu trabalho, perceber como funciona tudo o que nós nem conseguimos imaginar, fazer uma viagem lá na frente... realmente só pode fazer parte de uma experiência única!
A todos o que me proporcionaram tal, devo um enooooorme obrigada. Pelo acolhimento, pela simpatia, pelo prazer que foi realizar este trabalho e pela experiência maravilhosa que hei-de guardar sempre num lugar especial da minha memória!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Etiqueta

Eu devia trazer etiqueta. Rezaria assim:

AVISO: Perigo! Não agitar. Pode provocar uma reacção violenta e verter em abundância. Caso tal se verifique, mantenha-se à distância de segurança recomendada.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Natal

Sentei-me no chão a olhar a árvore de Natal. E de repente fiquei de coração apertado. Não sei porquê...

sábado, 10 de dezembro de 2005

Exercício do dia

Pensar em três coisas boas que me aconteceram hoje.

Consta que é uma óptima estratégia para aumentar o pensamento positivo, a auto-estima e a felicidade. E porque não? Mesmo que nos pareça algo tão simples, só o facto de encontrarmos coisas boas no nosso dia e na nossa vida deixa-nos com um sorriso rasgado e com vontade de continuar a olhar em volta e viver todas essas coisas maravilhosas que nos fazem sorrir.

A mim, coisas que já me fizeram sorrir hoje:
ë Acordar cedo.
ë Estar sol.
ë Sentir o ar frio revigorante na cara.
ë Ver a barriga linda da minha irmã.
ë Jogar Game Boy (que saudades!).
... e já ultrapassei as 3 coisas e certamente conseguiria encontrar muitas mais!

E a ti, o que te aconteceu hoje de bom?

sábado, 3 de dezembro de 2005

Ausentite aguda

Hoje vou passar um pouco ao lado daquilo que costumam ser os meus temas e estilo de escrita... Hoje estou questionadora e reivindicativa!
Ainda vão ter de me explicar esse fenómeno largamente partilhado que se chama o estado Ausente no Messenger! Porque, cá para mim, Ausente é mesmo ausente, fisicamente fora da área de influência do computador, “não vale a pena chatearem que vão estar a falar para as paredes!”... Ausente é um estado provisório e, pelo menos para mim, excepcional (no sentido de excepção, claro!) já que o objectivo do Messenger é conversar, estar contactado, contactável e essas coisas todas.
E é aqui que o meu entendimento de Ausente esbarra com o real... Espanta-me a panaceia que é esse belo estado Ausente! Para uns é mesmo “não estou cá, fui!” e, nessa situação, tentar comunicar é mesmo falar com as paredes... Nestes casos interrogo-me para que raio é que o Messenger está ligado? Afinal, se não estão não estão, não é mais fácil desligá-lo de uma vez? Dentro desta categoria, ainda temos dois tipos: os ausentes de conveniência, que estão Ausentes com alguma frequência, e os cronicamente Ausentes, que vemos no Messenger às horas mais absurdas ou que estão ligados e momentos depois cruzam-se connosco na faculdade. Para os outros é um “estou aqui mas é como se não estivesse”, que ainda me desconcerta mais. Qual é a utilidade? Evitar conversadores indesejados? Ser deixado em paz? Então para que raio é o Messenger ligado?...
Desculpem a exaltação e o desconcerto... Para mim, o Messenger é um programa de conversação... não de ausentação! E, sinceramente, é um bocadinho desesperante ligá-lo e encontrar todos os meus contactos com o belo do relógio e a indicação Ausente. E a mim, na minha política inocente de falar só com quem se indica disponível para tal, só me resta especar, esperando que alguém dê por um contacto Online afogado em relógios absurdos, e especular. Por isso hoje só vos peço: são capazes de me explicar o sentido e utilidade do Ausente?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Nós, os obsessivos

Gosto de fazer coisas, por mim, pelos outros e para os outros. E, quando faço, faço-o bem feito! Assim sou eu e tantos outros... Respeitando direitos de autor: nós, os obsessivos!
Nós, os obsessivos, gostamos de planear até à exaustão cada passo que damos. Nós, os obsessivos, gostamos de fazer tudo cuidadosamente. Nós, os obsessivos, gostamos de verificar cada momento do nosso trabalho. Nós, os obsessivos, gostamos de perfeição e de aperfeiçoamento. Nós, os obsessivos, gostamos de despender todo o esforço necessário para poder respirar fundo no fim e dizer “fiz tudo o que estava ao meu alcance”. Nós, os obsessivos, gostamos de sossegar apenas quando tudo está pronto e resplandecente. Nós, os obsessivos, gostamos de tocar tudo o que fazemos com amor na ponta dos dedos.
E, mais importante que tudo, nós, os obsessivos, gostamos de ser assim! De trabalhar, de suar, de depositar todo o esforço e dedicação em tudo o que nos comprometemos, de correr, de verificar infindavelmente, de chegar ao limite, de levar a preocupação ao milímetro... E tudo isto porque gostamos de apreciar o momento de orgulho e de ver sorrisos de surpresa e conforto no rosto daqueles por quem e para quem as nossas acções se dirigem. Ainda que tudo isto nos consuma tempo, saúde e paciência, ainda que não haja um momento de sossego e despreocupação até tudo estar perfeito...
Eu, obsessiva, falo por mim! ;)