Redenção

Hoje o dia redimiu-se... O que foi um dia de cenho franzido e ameaças de chuva, muito trabalho muito chato e muito atrasado e uma luta constante com a tecnologia acabou por se tornar numa agradável viagem de metro, uma deliciosa, saudosa e solarenga caminhada até casa e uma viçosa surpresa.
É incrível como a Vida se redime a si mesma! E é tão bom sentir a Primavera e o sorriso voltarem a florescer em mim...

Em casa!

Reencontro... Como as coisas estão mudadas! Por um instante, pensei ter aterrado num sítio desconhecido mas depressa uma cara sorridente me devolveu a familiaridade daquela velha casa tão amada. E depois três gerações sentaram-se à mesma mesa e partilharam saudosas recordações, aventuras do presente e anseios do futuro, sem nunca esquecer esse rico passado que as une e o mesmo sonho que as empurra para o desconhecido.
Soube bem voltar ali, onde cresci tanto como pessoa, onde tanto amei e tanto fui amada por todos, onde jazem os cinco anos mais felizes e completos de mim. Ali hei-de sempre sentir-me em casa, por muito que os móveis mudem, porque os sentimentos e as memórias permanecem entranhados nas paredes, guardados no coração e estampados nos rostos familiares que nos cumprimentam em cada passo que dou no interior do templo desses cinco maravilhosos anos da minha vida!