O espelho de Narciso

terça-feira, 30 de maio de 2006

Receita perfeita!

Nada como um “doce” para animar... Depois de um dia duro de estágio, ida e volta a Lisboa e cima e baixo em Odivelas, com este calor insuportável que nem nos deixa pensar, com aulas ao fim da tarde, soube bem chegar mais cedo a casa do que as costumadas “tantas da noite”, pôr música para animar e dançar um pouco no meio do quarto... Receita perfeita para esquecer por momentos a eterna dor de cabeça e o cansaço do dia!

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Do poder e da beleza

Às vezes ainda me espanta o poder e a beleza da música...
Enquanto realizava uma qualquer tarefa trivial, chegaram até mim os acordes dessa música trivial que se tornou especial ao asssociar-se a um momento especial, pleno e maravilhoso. E, de repente, os meus olhos ficaram rasos de lágrimas... Fui tomada de uma emoção tão forte e de recordações tão vívidas que senti o coração a latejar e aquele nó na garganta que só se desfaz quando sorrimos, deixando escorrer as lágrimas pelo rosto e as recordações pelo pensamento. E, uma vez mais, revivi esse momento tão belo!

terça-feira, 23 de maio de 2006

Um mundo de experiências

Estas semanas parece que explodiram numa miríade de experiências. Conhecer sítios novos, participar em acontecimentos únicos, viver emoções tão diversas... Ando um pouco atarantada com a torrente de coisas para fazer, locais a visitar, tarefas a completar, chego a casa com o corpo a pedir descanso e a cabeça a latejar, mas há um sorriso no meu rosto que não me larga, porque sei que é uma benção poder viver tão intensamente a minha vida académica, o meu estágio, a minha família, os meus amigos... Este Maio está a revelar-se um mês tão feliz!

domingo, 7 de maio de 2006

Diz-se por aí

perguntaste um dia...
se iria deixar de escrever.
nunca...


Encontrei-o aqui... mas podia ter sido encontrado aqui! Porque me vejo tão reflectida nestas palavras...

sábado, 6 de maio de 2006

Cicerone

Cheguei arrasada a casa no outro dia... O estágio tem exigido bastante de mim e, apesar de estar a fazer o que mais gosto, que é contactar com os jovens, chego ao fim da jornada com o corpo a pesar e a cabeça a latejar.
Cheguei arrasada a casa mas todo o cansaço desapareceu como por milagre ao voltar a sair para uma volta pela minha cidade. Estava um final de tarde delicioso, morno e solarengo, e a companhia não podia ter sido melhor. Entre conversas e risos, fui mostrando a minha terra e as suas modestas belezas a um recém-chegado... E assim reuni num só momento tantas coisas prazenteiras que me adoçam a vida e preenchem a alma!
Só queria poder ter sempre estes momentos... porque são estas pequenas (grandes) coisas que apagam o cansaço e pintam no rosto um sorriso perene, que nos acordam para o mais importante da vida, que valorizam tudo o que nos rodeia. São estas pequenas coisas que me fazem feliz... e quero sempre poder tê-las!

quinta-feira, 4 de maio de 2006

Da beleza dos gestos (4)

As desculpas engendradas por um momento agradável e cheio de significado.

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Paixão

“Passei a semana a revelar fotos no laboratório e a escolher imagens entre montanhas de negativos, embora sempre atento às mensagens do gravador de chamadas ou ao sinal vibratório do telemóvel que tinha preso à cintura. Mas nada. [...] «Merda», disse comigo ao fim de quatro dias, «tudo indica que estou apaixonado».”
Santiago Gamboa, Tragédia do homem que amava nos aeroportos (outra vez! lol), in Contos Apátridas

Eu!, declaradamente apaixonada por esta forma deliciosa de alguém se descobrir apaixonado. Tão típica que nem se atrevam a dizer que isto nunca vos aconteceu! Porque eu não vou acreditar...
E sim, eu!, apaixonada por este conto tão insólito (recomendo-o vivamente, tal como os restantes do livro) e por este autor que conseguiu captar tão bem a peculiaridade do ser humano. Tanto, que quase me dá vontade de transcrever todo o conto, tantos são os trechos que me deliciam!

Viver... viajar!

“... os lugares onde vivemos são impermeáveis aos sonhos, [...] não há nada mais disparatarado do que a rua e o número onde recebemos o correio, o quarto onde nos levantamos todos os dias e o espelho quotidiano da casa de banho, o mesmo que nos devolve essa cara fatigada que já não nos convence, que nos faz sentir pena e que, desgraçadamente, é a única que jamais nos atraiçoa. [...] A felicidade está sempre na viagem que se segue. Ou melhor: nesse belo país aonde nunca fomos.”
Santiago Gamboa, Tragédia do homem que amava nos aeroportos, in Contos Apátridas

Apropriadamente, travei conhecimento com este trecho na maravilhosa viagem ao México, em páginas marcadas com um bilhete de avião. Enrolada na linha de pensamento de alguém cuja mais frequente expressão foi “Era capaz de viver aqui”, fez-me todo o sentido e deu-me vontade de partilhar. Porque também eu sinto um pouco que a maravilha do desconhecido é que nos faz acelerar o coração e quebrar a rotina dos dias sempre iguais. Talvez esses países maravilhosos e que nos ficam na recordação apenas o sejam porque não são a nossa casa. E talvez devam permanecer sempre assim, apenas um país que se visita e que, por isso, nunca perde esse encanto e essa mística em que o envolvemos.

terça-feira, 2 de maio de 2006

Factura

Ainda não acordei totalmente desse sonho... esse sonho que foi essa semana deliciosa! A longa factura continuará a ser paga, por todo o cansaço acumulado, défice de sono, horas de voo concentradas nos ossos, dias intensos em que quase não parámos e preciosos dias de trabalho roubados, mas será uma factura paga com gosto. Porque aquilo que ganhámos, que ganhei, foram memórias intensas que não se diluirão facilmente, amizades que se fortaleceram, horizontes mais abertos, uma consciência enorme de todas as coisas boas que o mundo tem para nos mostrar, a pureza de um povo pobre mas sorridente, a magia de tudo, enfim... a doçura do México e a alegria vibrante da Viagem de Finalistas! Algo que se entranha na pele, na alma, no coração e que nos deixa desassossegados, contemplando o horizonte com vontade de voltar a partir, sempre uma vez mais, em tão boa companhia!
AMEI! Tudo... e venha de lá a factura, o trabalho, os dias solitários! Eu terei sempre a recordação desses dias deliciosos como consolo...